Ministério da Guerra
Estado-Maior do Exército
Rio, 20 de março de 1964
Do Gen. Ex Humberto de Alencar Castello Branco, Chefe do Estado-Maior do Exército
Aos Exmos Generais e demais militares do Estado-Maior do Exército e
das organizações subordinadas
Compreendendo a intranqüilidade e as indagações de meus
subordinados nos dias subseqüentes ao comício de 13 do corrente mês. Sei que
não se expressam somente no Estado-Maior do Exército e nos setores que lhe são
dependentes, mas também na tropa, nas demais organizações e nas duas outras
corporações militares. Delas participo e elas já foram motivo de uma
conferência minha com o Excelentíssimo Senhor Ministro da Guerra.
São evidentes duas ameaças: o advento de uma constituinte como
caminho para a consecução das reformas de base e o desencadeamento em maior
escala de agitações generalizadas do ilegal poder do CGT. As Forças Armadas são
invocadas em apoio a tais propósitos.
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Marcha,
veterano e mensagem
À chegada de d. Leonor Mendes de Barros, às 17h20, que provocou vivas e palmas, a banda da Força Publica tocou o Hino Nacional, que foi cantado por todos os manifestantes enquanto acenavam com lenços brancos. Em seguida, discursou o sr. Geraldo Goulart, veterano de 32, dizendo da semelhança entre a situação atual e aquela que originou a Revolução Constitucionalista. Depois, uma mãe paulista leu a mensagem da mulher bandeirante ao povo brasileiro.
Oração
pelo Brasil
Coube à profa. Carolina Ribeiro, ex-secretaria da Educação, orar ao microfone por São Paulo e pelo Brasil. Todos a acompanharam no Pai Nosso e ouviram-na dizer: "Temos que pedir a Deus, neste momento em que nossos corações fervem de indignação, que não caiamos na tentação da revolta, porque só a Deus compete levar-nos pelo caminho certo".
Ao Pai Nosso, seguiu-se a Ave Maria, tambem rezada conjuntamente, com o padre Calazans ao microfone: "Repudio às ofensas lançadas ao Rosario no comicio da Guanabara". Era a hora do "Angelus". Todos deram um viva à "Rainha do Brasil".
Ao Pai Nosso, seguiu-se a Ave Maria, tambem rezada conjuntamente, com o padre Calazans ao microfone: "Repudio às ofensas lançadas ao Rosario no comicio da Guanabara". Era a hora do "Angelus". Todos deram um viva à "Rainha do Brasil".
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